domingo, 12 de junho de 2016

Irlanda

Origem do conflito
Por volta de 500 A.C, os celtas, vindos da Europa, invadiram a região que é hoje a  Irlanda e nesta instalaram-se. Esse território foi conquistado pelos ingleses no século XII. No século XVI, a Inglaterra rompeu com a Igreja Católica e tornou-se anglicana, tentando forçar os irlandeses, maioria católica, a se converterem também. Estes não aceitaram essa imposição e se rebelaram, porém foram derrotados.
Durante o século XVII, o rei inglês Henrique II passa a fazer generosas ofertas de terras irlandesas a imigrantes ingleses, escoceses e galeses. Seu objetivo é aumentar a presença inglesa na Irlanda para aumentar sua influência e, posteriormente, anexar a Irlanda à Inglaterra, pois estava procurando por terras agricultáveis. Essa estratégia acabou gerando conflitos entre católicos (irlandeses) e protestantes (recém-chegados).
Em 1801, a Irlanda foi anexada ao Reino Unido. A parte Norte, onde os protestantes estavam mais concentrados, industrializou-se e urbanizou-se mais rápido que a parte sul, que ainda dependia da agricultura, o que aumentou ainda mais as tensões e as diferenças entre as duas regiões. O domínio inglês também não trouxe grandes melhorias à população irlandesa, que era considerada uma das mais pobres da época. Todos esses fatores convergiram em mais descontentamentos por parte do povo irlandês.


No fim do século XIX, surgiu o movimento “Home Rule”, que consistia no direito da Irlanda de ter o seu próprio parlamento e jurisdição plena em relação a assuntos internos, que é concedido pela Inglaterra no ano de 1914. Apesar da concessão do “Home Rule”, a Irlanda continua lutando pela sua independência, que lhe é concedida em 1921 por meio de um conflito armado, que ficou conhecido como Guerra da Independência da Irlanda. Por meio do Tratado Anglo-Irlandês, feito em 1921, todos os 32 condados irlandeses poderiam escolher entre permancerem unidos à Grâ-Bretanha ou não. Seis condados localizados no norte, nos quais concentravam-se a maioria protestante, decidiram permanecer sob a influência britânica e correspondeu à região da Irlanda chamada de Ulster, que ficou conhecida como Irlanda do Norte. Os condados restantes corresponderam à região chamada Eire, que chamaram-se República da Irlanda, ao sul da região.


Apesar de todas essas medidas, os católicos que vivam na Irlanda do Norte, que representavam 40% da população do ULSTER, ainda não estavam satisfeitos. Por conta disso, os conflitos se acirraram nessa região, formando-se  o IRA (Exército Republicano Irlandês – católico e pró-independência) contra os movimentos unionistas (protestantes e pró-Inglaterra).
         Para demonstrar a indignação, foram cometidos pelo IRA uma série de atentados terroristas na Irlanda do Norte, já que nesta predominam protestantes. Ademais pode-se citar o interesse do IRA em tornar o ULSTER independente politicamente da Inglaterra, levou o grupo a praticar tais ataques.
         No ano de 1991, pela ação da Inglaterra e dos Estados Unidos, através de partidos do ULSTER, passaram a ser realizadas negociações, entretanto, como um dos participantes políticos foi excluído das tomadas de decisões, não foi concluído nenhum ajuste. Só em 1998, foi assinado oTradado de ULSTER, mas que apenas condecorava maior autonomia ao país.
          Em 2005, depois de inúmeras tentativas de acordos, o IRA finalmente declarou paz, após ter causado mais de 3500 mortes. Todavia, nos anos de 2007 e 2008 foram exercidos outros atentados terroristas por participantes do grupo, por isso, ainda há, hoje, uma dúvida pendente se de fato não existe mais perigo de ocorrerem outros ataques terroristas.

  Estandarte do Ulster Brasão de armas do Ulster(Irlanda do Norte)
Bandeira Eire Brasão de Armas Eire

 (República da Irlanda)



Domingo Sangrento:

         Em 1972, na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, uma passeata foi feita, contestando a polícia britânica que prendia qualquer pesssoa suspeita de fazer parte do IRA. Apesar de o governo ter proibido manifestações até o final daquele ano, havia cerca de 20 mil manifestantes protestanto contra os casos de prisão arbitrária.

         As manifestações acabaram por gerar confronto entre o exército inglês, com tropas comandadas pelo general Robert Ford, e os manifestantes. O mesmo afirmou que o grupo protestante foi recebido a tiros pelos civis. Houve a morte de 14 ativistas católicos, e 26, do mesmo grupo, feridos. Além disso, dois civis também terminaram feridos.
        Em 11 de março de 1983, a banda irlandesa U2 (lê-se "You too"), lançou a faixa "Sunday Bloody Sunday", em homenagem ao triste ocorrido de 1972, retratando um ponto de vista do qual as tropas britânicas atiraram e mataram os manifestantes católicos.

http://www.infoescola.com/historia/conflitos-da-irlanda-do-norte/

Carolina Soares Bulcão      
Julia Freitas de Paula

Nenhum comentário:

Postar um comentário