domingo, 12 de junho de 2016

Nigéria – Boko Haram

A Nigéria, país mais populoso da África, com cerca de 173 milhões de

habitantes, pode ser caracterizado por sua grande diversidade cultural. A partilha da

África, no século XIX, acabou agrupando centenas de grupos étnicos no mesmo

território, o que gerou diversos conflitos ideológicos, religiosos e políticos. No sul da

Nigéria, onde há grande concentração de petróleo, predomina o cristianismo e no

norte tem-se influência do islamismo.

O grupo Boko Haram (“boko” educação ocidental e “haram” proibida) foi criado

no ano de 2002, por Mohammed Yusuf na cidade de Maiduguri (norte da Nigéria).

Inicialmente o grupo era considerado apenas um complexo religioso, formado por uma

mesquita e uma escola islâmica, seu principal objetivo era a propagação do jihadismo

naquela região e, assim, a criação de um estado islâmico.

A partir do ano de 2009, que foi marcado pela morte de Mohammed Yusuf, o

grupo intensificou o radicalismo em suas ações, liderado por Abubakar Shekau. Com

maior atuação ao norte da Nigéria, o grupo vem avançando e conquistando cada vez

mais territórios pelo país. Já foram inúmeros os atentados cometidos pelo Boko

Haram, tanto no território nigeriano quanto em alguns países vizinhos como Chade,

Camarões e Níger. Entre eles está, principalmente, sequestros e estupros de mulheres

e crianças.

A ação do grupo que mais atraiu a atenção internacional foi o sequestro de

cerca de 200 meninas em abril de 2014. As vítimas eram alunas de uma escola em

Chibok e tinham entre 16 e 18 anos de idade. 57 meninas conseguiram escapar, mas

219 continuam desaparecidas e mantidas como escravas sexuais. O caso gerou

manifestações por todo o mundo e conseguiu cobertura da imprensa após ser lançada

a campanha “Bring Back Our Girls” (Traga de Volta Nossas Meninas).

Os Estados Unidos começaram a apoiar o governo da Nigéria e enviaram 300

soldados para ajudar na luta contra o Boko Haram. As tropas não podem combater

diretamente os integrantes do grupo terrorista, mas se dedicam a operações de

vigilância e reconhecimento da região.

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