O Sudão e o Sudão do Sul se localizam na zona intermediária da África, e
estão em conflito desde 1962, logo após o Sudão se tornar um país
independente, em que começaram a surgir movimentos separatistas dentro do
país, porque existiam muitas diferenças entre os povos do sul e do norte do
Sudão, tanto nos aspectos físicos quanto nas composições étnicas. O Norte é
composto por regiões desérticas (onde fica o vale por onde passa o Rio Nilo),
com escassez de água e recursos naturais, enquanto o Sul possui uma maior
quantidade de vegetação e pântanos. Além disso, o Sul é composto por povos
cristãos e animistas, que não aceitavam a dominação política e legislativa dos
povos do norte, de maioria islâmica.
No início da década de 70, começaram algumas negociações para separar o
sul do norte, porém neste tempo ocorreu a descoberta de petróleo na região, o
que diminuiu o ritmo dessas negociações. Mas, no dia 9 de julho de 2011,
referendos declararam oficialmente a separação, com aprovação de 98,8% dos
votantes, assim “surgiu” o Sudão de Sul.
Apesar de, desde a partilha da África, as diferenças entre os países ter
causado conflitos, eles continuaram a acontecer mesmo após a separação, por
causa da disputa por recursos naturais, principalmente pelo petróleo, pois
ambos os países dependem deste. Além disso, existe uma interdependência
na utilização desse recurso natural (que necessita de uma maior estabilidade
política para se manter), porque boa parte da produção petrolífera na região
ocorre no Sudão do Sul, que, no entanto, necessita dos oleodutos localizados
no Sudão para escoar suas produções. E também, há a disputa pela região de
Abyei, reivindicada pelos dois países e rica em reservas petrolíferas.
Isaura Ducatti,
Nicole Carvalho
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